Uma provocação sobre o que está faltando para a infraestrutura da região acompanhar o movimento turístico. Assim o presidente da Amturvales Charles Rossner descreveu o painel “Turismo e infraestrutura: o que falta para o Vale decolar”, promovido pela entidade na manhã desta quinta-feira (14) na Expovale + Construmóbil. Propondo um debate coordenado por investidores do setor que são referências no Estado e no Brasil, a atividade ainda ofereceu um café de boas-vindas com produtos do APL Alimentos e Bebidas Vale do Taquari e contou com a participação de cerca de 50 pessoas.
Para Rossner, todo sabem que o turismo precisa de uma boa infraestrutura para se desenvolver, mas as conversas sobre isso ainda são rasas e superficiais, por isso a iniciativa de compartilhar a expertise dos palestrantes que fizeram acontecer em outras localidades e que também estão apostando no Vale. “A gente precisa de um debate profundo sobre infraestrutura para que o turista possa aproveitar mesmo a sua estadia por aqui”, afirmou. Na sua avaliação, é necessário entender o que está faltando e onde há falhas para desenvolver o tema: “A gente precisa saber como colocar gasolina e o pé no acelerador dessa infraestrutura para fazer o Vale decolar de uma vez por todas”.
Um desses incentivadores e palestrante da manhã foi Plinio Rafael Ghisleni, sócio-diretor e fundador do Laghetto, que abordou “Edificando o Futuro: A construção civil como propulsora do turismo”. Ao relatar a história, evolução e expansão da Laghetto, ele ressaltou o espírito familiar que caracteriza seu negócio e destacou que, dentre os 23 projetos administrados hoje, 14 são oriundos do condo-hotel, através do qual são vendidas unidades hoteleiras individuais para investidores que recebem parte dos lucros. Essa também é a proposta do Hotel Laghetto Encantado, que vai ser a principal âncora do Boulevard Encantado e atenderá o turismo gerado naquela região. Com a representação do empreendimento através de uma maquete, Ghisleni antecipou que serão 135 apartamentos e que a estrutura ainda terá restaurantes, piscina, academia e recreação infantil: “Será um hotel completo, com todo o acolhimento e todo o embelezamento que o local merece”. Segundo ele, em breve serão iniciadas as reservas de unidades, visto que ainda faltam as autorizações de construção e venda, a serem emitidas pela prefeitura e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O valor do investimento inicialmente será de R$ 275 mil, acrescidos de R$ 65 mil referente ao custo da mobília e equipamentos, totalizando R$ 340 mil, sendo que os primeiros serão beneficiados, pois a cada dez unidades comercializadas haverá mudança de tabela. Ao ser questionado sobre o que falta para o Vale do Taquari decolar, ele foi categórico: “Não falta mais nada. São belezas naturais, povo acolhedor e cidades encantadoras. Tem tudo para dar certo”.
Potencial regional
Sob o tema “O futuro do Turismo: tendências e oportunidades com a Legalização dos Jogos no Brasil”, o presidente do IDT-Cema e ex-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH-SP), Bruno Omori, compartilhou sua visão sobre a região. Para ele, o Vale do Taquari tem um grande potencial bruto de desenvolvimento que precisa de um plano estratégico de crescimento, o qual envolva ações ligadas ao governo e iniciativa privada, complementadas por um projeto de sustentabilidade econômica para atrair mais investimentos, assim como acontece em Encantado, o que impulsionaria o fortalecimento e a transformação da região em um grande destino turístico.
Conforme Omori, isso exige a união de esforços, seja através de eventos, de lideranças, leis de incentivo ou autoridades governamentais. “Tudo isso junto e com pessoas boas trabalhando em prol da região, certamente ela consegue se desenvolver entre cinco a 20 anos”, garantiu. Citando o caso de Gramado, que entre 20 e 25 anos se consolidou como destino internacional e hoje é considerado um dos melhores do Brasil inteiro, ele descreveu: “Você começa trabalhando como um destino regional, depois ele vira estadual e em seguida um destino na região sul, para depois expandir para o Brasil e até mesmo internacionalmente”.
Omori ainda falou sobre o potencial do turismo de negócios, como é o caso de Lajeado e o projeto de modernização do Parque do Imigrante. Tendo São Paulo como exemplo, ele apontou o quanto o segmento pode fomentar o lazer regionalmente. “Nós temos esse potencial pra desenvolver o Vale do Taquari. Acreditamos muito, e inclusive com visões diferenciadas, que trabalhando questões de acessibilidade e sustentabilidade, a região certamente vai atingir patamares diferenciados no Brasil e no mundo”, projetou.
Boulevard Encantado
A atividade teve ainda a apresentação com o diretor executivo do Boulevard Encantado, Fabio Vitória, que falou “Da estrutura ao atrativo: Construção Civil e o Potencial Turístico - Case Boulevard Encantado”.
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